Foi com alegria e entusiasmo que vivi
o Jubileu do Catequista em Roma, em comunhão com todos os catequistas e o nosso
Padre que nos acompanhou, e onde, uma vez mais, senti uma grande presença de
Deus, Ele caminhou connosco. Foi emocionante ouvir e ver bem pertinho o Papa
Francisco.
Todos os momentos por que
passámos foram muito ricos e espectaculares, desde a recepção calorosa no
Colégio Português onde ficamos alojados, que com grande simpatia e alegria, por
parte das irmãs e todos os que lá se encontravam, nos acolheram.
Durante toda a nossa estadia,
Deus evidenciou-se e enviou-nos sinais da Sua presença, por exemplo, quando nos
colocou no nosso caminho a presença do Pe. José Alfredo (de Lamego) que com a
sua simpatia, alegria e disponibilidade nos acompanhou dando-nos uma grande
lição de história pelas ruas e monumentos de Roma.
Também fomos recebidos com grande
afecto e alegria pelo Monsenhor Agostinho na Igreja de Sto. António (Igreja
Portuguesa), que nos acolheu de braços abertos e nos tratou como “gente
grande”.
Partilhamos um sentimento de
grande acolhimento, alegria e força, sentimo-nos em casa. Foi bom encontrar
todos os participantes da nossa Diocese, e vários portugueses, que se cruzaram connosco,
incluindo participantes de Braga que nos ofereceram uma boleia de autocarro até
à Igreja de S. Paulo fora de Muros.
Mas o auge deste Jubileu deu-se
quando percorri o caminho em peregrinação até à Porta Santa, com o coração a pulsar
e muita emoção fiz a sua entrada. Jesus estava ali bem presente, e isso
notava-se ao olhar para todo o grupo, todos viviam com fé aquele momento
especial.
Outro momento alto, como não
podia deixar de ser, foi a eucaristia com o Papa Francisco que ao dirigir-se
aos catequistas nos diz para: “não nos cansarmos de colocar em 1º lugar o
anúncio principal da fé: O Senhor ressuscitou”, com alegria devemos anunciar
Jesus, que a sua mensagem seja comunicada através do testemunho simples e
verdadeiro, de escuta e acolhimento.
E, realmente, foi com alegria e
sem medo que ouvimos grandes testemunhos de vida de 4 grandes catequistas que,
com grandes dificuldades ao longo dos seus percursos nunca deixaram de sentir e
anunciar Jesus aos outros, sempre disseram sim, tanto nos bons momentos, como
nos mais difíceis.
“O meu nome é catequista”, foi
como se identificou o catequista Francisco Nhassope de Moçambique, que deu o
seu testemunho sobre a sua caminhada de catequista, no meio da guerra com a sua
família.
Outro dos testemunhos que me
marcou foi do Pe. Cyril Axelrod, cego-surdo, cuja sua grande luta era levar a
mensagem de esperança e de amor de Deus a todos os que sofrem. Não foi fácil e
com a sua deficiência e grandes obstáculos tem conseguido levar a Boa Nova, tanto
às pessoas com deficiência como a todas as outras.
Perante as dificuldades Deus
protege, ajuda, ama e faz-nos crescer.
Hoje, também eu, confirmo com
entusiasmo que o meu nome é catequista, com alegria desejo levar para a frente
a minha missão de catequista, aceitando todos os desafios que Deus vai
colocando no meu caminho, rezo para que Ele me guie e ilumine para cumprir
todos os Seu projectos.
A todos os catequistas peço, que
o Dom que Deus nos deu se mantenha no nosso coração cada vez mais forte e, com
alegria transmitamos a Boa Nova aos que nos são confiados. Que, com “orgulho”
possamos sempre dizer: “o meu nome é catequista”.
Catequista
A. Paula Leirôa, Paróquia do Pragal