domingo, 19 de fevereiro de 2017

Dia Diocesano do Catequista

No dia 5 de fevereiro, pelas 9 horas, o Auditório da Anunciada começou a ganhar vida com a chegada dos Catequistas. Todos, de sorriso aberto pela alegria do encontro, vão-se cumprimentando com visível familiaridade, trazem entusiasmo e expetativa pelo dia que promete. Já acomodados nas suas cadeiras, constituem uma plateia não de espetadores, mas de gente que está pelo mesmo ideal, pela mesma paixão de acolher, para dar mais qualidade, mais amor, à causa nobre a que se dedicam: Jesus e os seus preferidos, “os pequeninos”.
O ambiente foi cuidadosamente preparado e a Senhora de Fátima em destaque, ali, no altar improvisado, dá-nos as boas-vindas e parece ter alguma coisa para nos dizer. O cartaz da efeméride a falar por si, mostra duas mãos entrelaçadas, não a enfeitar os dedos nodosos mas a selar o compromisso mútuo expresso na citação do Cântico dos cânticos: “Eu sou para o meu amado e o meu amado é para mim”. (Ct. 6,3). Família e mensagem de Fátima foram os temas que preencheram o nosso dia. 
 Após a saudação cordial do Diretor do Secretariado da Catequese, Padre Rui Gouveia, seguiu-se a oração de Laudes e logo cada Vigararia apresentou um trabalho sobre a mensagem de Fátima, com criatividade, segundo a metodologia escolhida (PowerPoint, filme, canto, oração). Foram subtemas: o Anjo da Paz, as consecutivas Aparições de Nossa Senhora, as Aparições específicas à Ir. Lúcia, a mensagem sobre “ O Segredo” e a vida de Francisco e de Jacinta.
Vendo e ouvindo o que não nos parecia de todo novidade, fomos deixando ressoar bem dentro de nós os imperativos e os questionamentos: “Rezem o Terço todos os dias.” “Não ofendam a Deus que já está muito ofendido.” “Quereis oferecer-vos em reparação e súplica pelos pecadores?” Mas, como é que esta mensagem pode chegar a nós de uma forma mais tocante? Como fazer uma conversão profunda? Como mudar? Sim! Precisamos de rezar, de responder seriamente aos apelos de Nossa Senhora e assim teremos a certeza de que o seu Imaculado Coração vai triunfar.
As apresentações iam-se sucedendo sem perca de tempo e sem tempo de espera, porque os intervalos eram preenchidos com flashes de “telejornal”. Eis alguns: O Jubileu Mundial dos Catequistas realizado em Roma e a presença de 107 elementos da nossa Diocese; o anúncio do 45.º Encontro Interdiocesano de Catequistas em Fátima nos dias 25 e 26 deste mês; a Jornada dos Adolescentes no dia 25 de março e a preparação das equipas em S. Rafaela no dia 4 de março; o trabalho concluído sobre o documento da CEP “Catequese: a alegria do encontro com Jesus”. Tudo boas notícias!
Após o trabalho intenso da manhã, fomos para o almoço de confraternização. Foi um bom momento para saborearmos as delícias partilhadas e para o reencontro de amigos e troca de novidades.

Às 14h e 15m, estávamos novamente no Auditório, para realizar a 2.ª parte do programa do dia. Agora sobre a família.
Em mesa redonda, três casais partilharam as suas experiências sobre o Sacramento do Matrimónio. Eram eles: um casal de noivos, Catequistas Pedro e Rita. Começaram por nos falar do seu primeiro encontro. Ambos a frequentar grupos diferentes, de raiz católica, encontraram-se na animação de uma missa festiva. Uniam-nos profundas convicções e ideais comuns. Vão caminhando como amigos, e com naturalidade chegam a uma fase de enamoramento que irá culminar, em breve, no “sim para sempre”, no sacramento do Matrimónio. Preparam-se com entusiasmo e uma grande liberdade interior e perguntam-se: “O que estou eu disposto a dar pelo outro?” E dão a resposta: “Para estar com o outro, que é prioritário, eu preciso, por exemplo, de reduzir o meu tempo de almofada, renunciar aos meus programas favoritos de TV, ou… O amor é sempre criativo!
O casal Ana Cristina e Zé começaram com a canção bem sincronizada “Ninguém te ama como eu.” De seguida, pronunciaram a fórmula do ritual do Matrimónio, em que mutuamente se recebem como esposos e prometem fidelidade, amor e respeito na alegria, na tristeza, na dor, na saúde e na doença todos os dias das suas vidas. Disseram-nos que não tinham pretensão de ser exemplo para os outros, mas, na verdade, puseram em prática a mensagem do Evangelho da Missa deste dia do Catequista que diz resumidamente que a lâmpada não se acende, para ser colocada debaixo da mesa, mas sobre o candelabro, a fim de que se vejam as boas obras e Deus seja glorificado. E nós louvamos a Deus por estas maravilhas! Falaram-nos com grande simplicidade e emoção da experiência de 29 anos de vida e em determinado período, vida sofrida, mas sempre muito amada e partilhada.
Os mais veteranos com 52 anos de vida a dois, são o Zé e a São. Mostraram-nos que o seu sonho não foi construído sobre os sentimentos da areia movediça, mas sobre a rocha do verdadeiro amor que vem de Deus. Eles sabem disso, pois quando algo estraga as relações, a oração do Pai-Nosso vem reajustar a paz e o amor antes de o sono chegar. Um passo marcante na vida do casal foi a descoberta do diálogo num curso, onde esse tema foi prioritário. A partir daí muita coisa mudou e melhorou. O casal sente uma grande alegria com os filhos e netos que Deus lhe concedeu. Gostam de estar disponíveis para servir, para ouvir os mais novos e de lhes satisfazer a curiosidade, pois querem conhecer a sua história de amor. E eles contam deliciadamente!
Desejamos que todas as famílias cristãs sejam assim. Que o seu matrimónio seja “fiel, perseverante, fecundo”.
A nossa jornada culminou na Eucaristia presidida pelo nosso Bispo D. José Ornelas. Em Cristo rejubilou pela alegria e dedicação dos colaboradores da Messe! E agradeceu! 
Resta-nos também agradecer ao coordenador principal deste dia, o Padre Rui Gouveia e a todos os que contribuíram para que fosse tão bom. Obrigada!

Irmã Isilda FMA (8.02.2017)


Materiais sobre a Mensagem de Fátima que foram apresentados por Vigararia:


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